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INSIGHT: A justiça ambiental dificulta o licenciamento de fábricas de produtos químicos

Jun 14, 2023

Al Greenwood

08-jun-2023

COLORADO SPRINGS, Colorado (ICIS) – Uma recente ordem executiva do presidente dos Estados Unidos tornou a justiça ambiental um novo fator que pode impedir novas fábricas de produtos químicos e outros projetos de grande escala nos Estados Unidos.

JUSTIÇA AMBIENTAL JÁ TRAVOU UM GRANDE PROJETO QUÍMICOA justiça ambiental já descarrilou um grande projeto petroquímico.

A FG LA LLC, uma subsidiária do Formosa Plastics Group, planejava construir o Projeto Sunshine de US$ 9,4 bilhões, um complexo químico de duas fases que produziria polietileno (PE), etileno glicol e polipropileno (PP).

Em 2022, um tribunal estadual na Louisiana anulou a licença aérea do projeto porque a empresa não deu atenção suficiente à justiça ambiental. Provavelmente foi a primeira vez que um tribunal invocou a justiça ambiental ao anular a licença aérea de um projeto químico.

ORDEM DE JUSTIÇA AMBIENTAL DE BIDENEm abril de 2023, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva proclamando que a justiça ambiental é um dever de todas as agências sob a presidência e deve ser incorporada às suas missões.

A ordem criou o Conselho Interinstitucional de Justiça Ambiental da Casa Branca e o Escritório de Justiça Ambiental da Casa Branca. O escritório coordenará a implementação de políticas de justiça ambiental em todo o governo federal.

As agências precisarão desenvolver, revisar e atualizar políticas de revisão ambiental e submetê-las ao Conselho de Qualidade Ambiental (CEQ) da Casa Branca.

A presidência manterá o controle do desempenho das agências por meio de um novo Scorecard de Justiça Ambiental que será tornado público.

Para as empresas químicas, o desafio é que os órgãos federais participem do processo de emissão de licenças para novas fábricas. De acordo com a ordem, a justiça ambiental começará a ser considerada no processo de licenciamento.

A ordem executiva de justiça ambiental do presidente adicionará um novo lote de requisitos que as agências federais considerarão antes de aprovar as licenças.

O problema é que a ordem executiva não especifica como as agências federais atenderão às ambições de justiça ambiental do presidente.

Esses detalhes que faltam chegarão às empresas químicas à medida que solicitam licenças para construir suas fábricas. Eles não saberão quais passos precisam tomar para abordar a justiça ambiental.

De forma crítica, essa imprecisão pode abrir projetos para contestações judiciais. Nesses casos, caberia ao tribunal decidir se o processo de licenciamento abordou com sucesso a justiça ambiental. As licenças podem ser adiadas ou anuladas. No mínimo, a ordem executiva injeta incerteza adicional no desenvolvimento de novos projetos.